Muitos são os que têm sofrido com as cobranças internas excessivas, nas quais as réguas da vida estão ajustadas de maneira inadequada.

As exigências e autopunição são tamanhas que parece que assumimos o papel de Atlas em sua missão de carregar o mundo nas costas.

Tanto homens quanto mulheres têm aceitado como normal o fato de estarem sempre correndo atrás do tempo para conseguir dar conta das intermináveis listas de tarefas.

Não dando atenção para a vida, sendo assim, vivem no piloto automático. Vivendo uma vida cinza, sem nuances de cores ou pausas.

Quando olhamos mais de perto, percebemos que as mulheres tendem a sofrer muito mais com essas réguas mal ajustadas.

Assumimos vários papeis, várias funções para serem realizadas nas mesmas 24h que todas as pessoas recebem da vida.

A sensação de precisar vestir a fantasia de Mulher Maravilha toma posse de nossas mentes e passamos a assumir essa como a nossa identidade principal.

Esquecemos que até ela tira a roupa de heroína de vez em quando.

Percebo muito em consultório, mulheres que chegam com dores crônicas e níveis de dores muito intensos.

Associado a isso, notamos insônia, irritabilidade, alteração de metabolismo levando a compulsão alimentar, alteração do ciclo menstrual, fadiga estrema tanto física quanto mental.

Na Medicina Chinesa diz-se que o “excesso de céu” pesa no pescoço causando dores e torcicolo. Leia-se excesso de pensamentos e velocidade destes.

Precisamos entender de uma vez por todas que pedir ajuda não significa fraqueza, mas justamente o oposto. Precisamos estar muito convictas de nós mesmas para saber onde o calo aperta.

Esse autoconhecimento faz toda a diferença na nossa rotina diária, pois nos permite criar estratégias para dar conta de tudo o que precisamos (será?) assumir.

Nosso cérebro é generalista. Ao reagirmos com certa frequência de uma determinada maneira, o fará agir assim em várias outras situações a fim de economizar tempo.

Você já deve ter percebido que, em alguns momentos que entramos no piloto automático, podemos cometer erros, como pegar a rota errada para um lugar ou mesmo comprar o sabão de roupas errado por só ver a cor da embalagem.

O fato de carregarmos o peso do mundo nas costas nos deixa frustradas, cansadas e exaustas mental e fisicamente.

Nosso organismo não consegue entender e precisa desligar antes que dê uma pane geral.

Aprender a delegar não só nos faz bem, como permite que as outras pessoas treinem suas habilidades e aptidões naturais. Afinal, ninguém nasce sabendo.

Ninguém é insubstituível, apesar de pensarmos o contrário.

A vida vai encontrar seu curso. As coisas serão feitas, bem ou mal, no entanto, serão feitas.

Se não buscarmos esse autoconhecimento e desenvolvermos esse carinho por nós mesmos, nosso corpo não vai aguentar e vai cobrar por essa negligência.

Li uma vez que em um estudo, constatou-se que a rotina de uma mulher que trabalha fora e cuida da casa e filhos corresponde a 2,5 trabalhos em tempo integral.

Agora conseguimos entender o motivo das oscilações de humor, queixas de dores e insônia.

Permitir pausas facilita um pouco mais o processo. Acalma a ansiedade e nos permite aguentar a rotina.

Ame-se. Permita-se. Cuide-se. Perdoe-se.

O perdoar é entender que tentamos. Entender que ninguém é perfeito e que tudo bem querer dar pausas para respirar ou buscar deixar mais leve a carga.

Ter uma válvula de escape é crucial!

Ninguém é multitarefas. Fazer várias coisas ao mesmo tempo nos faz ligar e desligar milhões de vezes seguidas a atenção. Gera estresse mental e com isso, podemos ficar desatentos.

Para repor a energia gasta pelos pensamentos super acelerados, nosso corpo pede doces e carboidratos, logo, a culpa por comer fora do ideal cai sobre nós aumentando o peso do fardo.

A acupuntura não nos tira da correria e estresse do mundo, no entanto, nos ensina como reagir de forma saudável metabolicamente a essa loucura toda.

Traz nossa sanidade para o eixo.

Novamente peço…cuide-se para que então possa cuidar dos que ama!

 

 

Até breve!