Já parou para pensar o porque certos cânceres aparecem em pessoas que aparentemente são fortes? Aquelas que jamais imaginaríamos ficar doentes?

Um dos motivos que me levaram a estudar Medicina Tradicional Chinesa foi a sua capacidade em relacionar as dores ou sintomas à aspectos emocionais que poderiam ser a causa daquele mal.

Quando trabalhava de madrugada em hospital, tinha a oportunidade de conversar com pacientes da ala oncológica quando estes passavam mal e precisavam de ajuda para respirar melhor.

Muitas vezes, ao perguntar o que acontecia na vida deles no momento em que descobriram o câncer, a resposta era algum trauma emocional ou físico. Alguma situação que ainda não conseguiam resolver ou perdoar.

Costumo falar que as emoções são transparentes. Sendo assim, quando temos excesso de alguma delas, nosso corpo percebe que algo não está bem e tenta resolver.

O problema está em não saber onde atacar. Afinal, se trata de algo sutil, não físico. Impossível de ser localizado com exatidão.

Começam então os sintomas “aleatórios”. Por tentativa e erro, nosso organismo e sistema de defesa buscam solucionar o que nos aflige.

Muitos estudiosos acreditam que os cânceres são gerados pela nossa mente. Como se a emoção que remoemos gerasse um lodo por falta de movimentação.

Passamos a minar o solo de nossas vidas com o desgaste emocional.

Literalmente como se a água emocional estagnasse e com isso, bactérias e outros organismos se proliferassem, gerando uma massa sem forma e de células anômalas. Que perderam sua identidade.

Falando em identidade, percebia que, em muitos casos de cânceres de mama, a mulher (ou homem) havia desenvolvido comportamentos que iam contra sua “identidade original”.

Durante alguns relacionamentos, buscavam sempre agradar o parceiro e se anulavam. Depois de um tempo, sentiam-se traídas ou abandonadas, tanto física quanto emocionalmente e adoeciam.

Essa sensação de abandono poderia ser, inclusive, para com filhos, colegas de trabalho ou com a pessoa em si.

Ao buscar a definição de doenças de mama e cânceres nos livros da Cristina Cairo e Michael Odoul, notei que os dois falavam muito de remoer emoções, sentir que a relação com o mundo estava tensa demais.

O termo “calo na memória” me chamou muito a atenção.

Quantas vezes somos teimosos e não deixamos de lado algo que nos faz ou fez mal. Insistimos e remoer e manter essa emoção em nosso sistema.

Assim como o calo físico se forma por atrito e excesso de informação em uma determinada parte, normalmente superfície óssea, o calo na memória se forma por insistência em algum padrão inadequado de pensamento.

Saber olhar para dentro e aceitar o que nosso corpo nos conta, reconhecendo o que cada dor simboliza, ajuda a retomar nosso rumo a uma vida mais equilibrada.

Sei que muitas vezes, ao ler as definições de cada dor em consultório para a pessoa que busca acupuntura ou fisioterapia, gero desconforto. Não gostamos de sentir despidos emocionalmente.

Mesmo assim, entendo ser importante a conscientização. O simples fato de termos consciência do que pode estar errado, já ajuda nosso inconsciente a começar a trabalhar. Ele finalmente entende onde olhar e tratar.

Encontra o local a agir, onde a emoção estava escondida.

Muitas vezes, ao ler para a pessoa o que quer dizer aquele sintoma, me identifico com o emocional envolvido. Afinal, todos temos questões a serem resolvidas. Brinco que também tomo “tapas na cara”.

Parando para pensar em todas as coisas que já apontamos aqui, entendemos que precisamos ser verdadeiros conosco mesmos. Buscar esse empoderamento emocional.

Quando entendemos que a única opinião que importa é a nossa e que a pessoa que mais importa para cuidarmos, pelo menos em primeiro lugar, somos nós mesmos, retomamos as rédeas de nossa saúde.

Sendo assim, busque olhar para dentro e veja, sem julgamento, o que se passa em seu coração. Aceite as emoções e as entenda. Aprenda a lidar e resolver de fato o que acontece em sua vida.

Ninguém está livre de crises ou problemas. A diferença está na maneira como reagimos às coisas que nos acontecem.

Ao perceber novamente a doçura da vida, a amargura dos sentimentos guardados e lacrados em nós se dissipa.

Conseguimos voltar a ver a luz no final do túnel. Nesse momento, as dores e doenças começam a melhorar.

Por isso, costumo dizer que o mais importante no consultório é o momento de “papoterapia”. No qual a pessoa pode desabafar e conversar sobre o que precisar.

Sai, muitas vezes, mais leve.

A atividade física é de extrema importância por nos ajudar a melhorar nossa imagem corporal e autoestima, assim como liberar hormônios que nos deixam mais felizes.

Cuide do seu emocional e a grande maioria das dores e doenças se resolverão!

 

Estou aqui para ajudar. Se quiser, basta dar o primeiro passo.

 

 

 

Até breve!