Muitas vezes nos deparamos com momentos em nossas vidas em que não entendemos o motivo das coisas que nos acontecem. Como se estivéssemos em um grande deserto.
Não conseguimos achar a saída para as situações que nos encontramos e ao olhar para o lado, vemos somente aridez, solidão e secura. Por momentos desanimamos e nos sentimos exaustos.
Esse deserto muitas vezes pode estar na nossa parte emocional. Perdemos a fé em nós mesmos, na humanidade, no país…
São nesses momentos em que nosso dito positivismo deveria surgir. Como a prova de que realmente conseguimos exercitar nossas mentes a procurar sempre o lado bom das situações e buscar aprender com elas.
Gosto de brincar que devemos ser como “Polianas”, jogando o jogo do contente.
Mesmo em momentos de desanimo, podemos passar por aprendizados transformadores e é sobre isso que gostaria de falar neste post.
Quando paro para olhar o que deserto representa na minha vida e em tudo o que já ouvi falar, entendo como um momento de lapidar. Sendo assim, um momento de limpeza, polimento, fortalecimento e maturação.
Se pararmos para analisar nossos passados e buscarmos os momentos de dificuldade e tensão que passamos, veremos que esses desertos nos ajudaram a crescer e, com isso, sair mais fortes.
Conseguimos enfrentar muito mais coisas depois deles, por ter criado essa camada a mais de fibra emocional.
Perceber que momentos de dor acontecem e que o luto precisa existir, ajuda no processo de lapidação. No entanto, também precisamos entender que manter esse estado por muito tempo é patinar na vida, sem sair do lugar.
Ao perguntar de deserto para as pessoas, muitos lembram-se do êxodo. Em que o povo andou muitos e muitos anos para chegar à terra prometida.
Uma vez me mostraram no google maps quanto tempo levaria-se para chegar do Egito até onde seria Canaan. Pode ter certeza que não eram anos.
O que percebo disso é que, em primeiro lugar, só conseguimos sair do deserto no momento em que permitimos que o aprendizado aconteça e quando deixamos de olhar para o Egito que nos aprisionava.
A mudança muitas vezes dói. Ao podar uma planta, precisamos muitas vezes tirar partes verdes, dando espaço para que ela cresça com mais vigor.
Essa poda acontece também conosco. Somos desafiados a sair da nossa zona de conforto e enfrentar o novo, deixando alguns hábitos, pessoas ou situações para trás.
Depois que nos permitimos ser podados e cicatrizar o ponto do corte, crescemos com ramos mais fortes e resistentes, podendo alcançar locais e situações que antes não eram possíveis.
Sendo assim, gostaria de deixar o convite a você que chegou até aqui, para olhar para sua vida com carinho. Busque seu auto-conhecimento. Ele é necessário para o aprendizado e para seu crescimento.
Invista no seu maior tesouro, sua vida e saúde. Se você estiver bem e se respeitar em seus momentos de deserto, conseguirá ajudar àqueles que ama e fará muito mais em sua vida.
Cada um tem sua missão. Permita-se ouvir sua voz interior.
Nos desertos, o som é escasso, dessa forma, conseguimos perceber melhor o silêncio, a paz e a sabedoria que vem com ele. Descobrimos nossa voz interior e redescobrimos nossa essência.
Permita-se o jogo do contente e seja mais leve no seu caminhar!
Até breve!