A Primavera representa um novo ciclo. Com ela, percebemos como nossa vida pode ser rica. Aprendemos com a natureza o jogo de cintura para aguentar nosso dia a dia.

Época linda quando as flores começam a brotar com maior vigor e os pássaros a cantar com maior intensidade. A Primavera lembra o recomeço. O novo ciclo de vida que surge e renasce.

Depois dos desafios do inverno, seja físico ou mental, nós conseguimos ver os pequenos brotos que chegam. Anunciando a melhora, a calmaria e a força que temos em nosso interior.

Mesmo que nos encontremos nas mais difíceis situações, conseguimos encontrar força para reagir.

Ao olhar a medicina chinesa, entendemos que o prestar atenção à nossa essência, à nossa intuição, nos ajuda a trilhar o caminho do equilíbrio.

Gosto de estudar sobre os efeitos da mente no corpo. Como nossas crenças ajudam ou prejudicam nosso funcionamento. Não é de hoje que se associa a dor ao nosso emocional.

Tendo isso em vista, a medicina tradicional chinesa entende que cada órgão é responsável por uma emoção e em cada época do ano, um órgão pode ser mais “atacado”. Caso esteja em desequilíbrio.

A Primavera é caracterizada por períodos de mais vento, florada e liberação de pólen para a reprodução das plantas. Com isso, estimula-se muito mais o Fígado.

Este é responsável pela nutrição dos nossos tendões, ligamentos e algumas das grandes articulações. Responsável, portanto, pelo nosso “jogo de cintura”, flexibilidade e capacidade de resistir às adversidades da vida.

Assim como um bambu chines, a pessoa equilibrada no aspecto físico e emocional, se curva sem quebrar quando testada pelos ventos.

Quando temos desequilíbrio no Fígado, temos como característica:

  • tendência a tendinites
  • hernias de disco
  • irritabilidade
  • ansiedade
  • suor de odor mais forte
  • gosto por coisas mais amargas
  • gritamos muito ou choramos de nervoso
  • unhas mais fracas (como se não conseguíssemos nos defender dos nossos agressores)

 

Dessa forma, percebemos que o Fígado é responsável pela nossa visão de mundo.

Logo, se achamos que estamos sendo perseguidos, se temos sempre uma visão mais negativa da vida e se nosso corpo dói por inteiro, precisamos parar para ouvir o que esses sinais querem nos dizer.

No livro sobre a Linguagem do Corpo da Cristina Cairo, entendemos que as articulações vão representar a gratidão que temos no relacionamento com outras pessoas e com a natureza em si. “Quanto mais natural e confortador for seu jeito de aceitar a vida com suas atribulações e mudanças repentinas, mais saudáveis serão suas articulações”.

Voltando a imagem do bambu chines, quanto mais forte o vento que sopra sobre ele, mais profundas são suas raízes.

A natureza é sábia e nós temos essa intuição conosco. Nossa resiliência pode estar somente adormecida.

Como dica hoje, sugiro sempre proteger o pescoço contra ventos fortes. Assim, nosso corpo tem tempo de se ajustar à mudança climática.

Com o calor começando a aparecer, tendemos a usar mais artifícios como ar condicionado. Esse choque térmico não é saudável.

 

Somos como as sementes. Passamos por um período de “luta e mudanças” antes de nos tornarmos lindas árvores com muitas flores e frutos. Nós também passamos por lutas na vida.

Cabe a nós decidir se queremos parar por aqui e “apodrecer” ou se queremos ser fortes, apesar das dores, e criar brotos que nos levem para o próximo nível.

 

Se quiser saber mais sobre como a acupuntura e a fisioterapia podem te ajudar, entre em contato.

 

Até breve!